Chefe do PCC nos morros de Santos é condenado a 15 anos de prisão no litoral de SP
09/10/2025
(Foto: Reprodução) Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão em morros de Santos
Michaell Douglas Ferreira Silva, conhecido como “MD”, foi condenado a 15 anos e 7 meses de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele foi denunciado por comandar o comércio ilegal de drogas da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) nos morros de Santos, no litoral de São Paulo.
A defesa de Michaell informou ao g1 que entrará com recurso contra a decisão da juíza Silvana Amneris Rôlo Pereira Borges, da 1ª Vara Criminal de Santos (veja mais abaixo).
MD havia sido preso por equipes da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes no dia 18 de março, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão nos morros São Bento e do Pacheco (assista no topo da reportagem).
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Segundo as investigações, Michaell integrou e exerceu o comando do PCC e inseriu o próprio filho, adolescente, nas atividades de tráfico de drogas. Nos celulares apreendidos com ele, a polícia encontrou conversas entre MD e o filho sobre o comércio ilegal de drogas, controle dos locais de armazenamento dos entorpecentes e monitoramento das atividades das forças policiais.
Ainda nos aparelhos, os policiais encontraram trocas de mensagens com outros integrantes da facção, além de imagens do adolescente com fuzil e armas de fogo com carregadores cilíndricos de alta capacidade.
Na decisão, a juíza condenou MD a 15 anos, 7 meses e 22 dias de reclusão, a serem cumpridos inicialmente em regime fechado.
Michaell Douglas Ferreira Silva foi preso durante ações nos morros do Pacheco e São Bento, em Santos (SP)
Divulgação/Polícia Civil
Defesa
Em nota, a defesa do advogado disse que se surpreendeu com a condenação. "Fomos surpreendidos, pois ao longo da instrução, foram produzidas diversas provas capazes de comprovar a inocência do réu”, afirmaram os advogados Caio Cisterna de Araujo e Felipe Fontes.
De acordo com eles, a decisão levou em consideração somente os depoimentos dos policiais. “Já estamos elaborando recurso de apelação, e temos certeza que os desembargadores irão prover nossa pretensão recursal”.