Ministério do Trabalho interdita por falta de segurança 10 elevadores de obra em que três operários morreram em SP

  • 20/05/2025
(Foto: Reprodução)
Segundo a Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo, a decisão ocorreu devido à falta de itens de segurança e não comprovação de avaliações de componentes estruturais. Elevador de cremalheira despencou do 17º andar da obra Divulgação / MTE O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de São Paulo interditou 10 elevadores durante uma fiscalização realizada nesta terça-feira (20) na obra de um condomínio residencial, na Zona Oeste da capital paulista, em que três operários morreram após a queda de um elevador de carga na segunda-feira (19). Segundo a Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo, a interdição ocorreu devido à falta de itens de segurança e não comprovação de avaliações de componentes estruturais. "Foi solicitado a limpeza e a organização geral do canteiro de obra, para redução de eventuais riscos ocupacionais gerados pela desorganização. As 3 gruas presentes na obra também serão avaliadas", afirma o MTE-SP. A BRZ Construtora, responsável pelo condomínio Reserva Raposo, informou que as causas do acidente estão sob investigação e que está colaborando com as autoridades. Segundo a construtora, o empreendimento faz parte do programa Pode Entrar, da Prefeitura de São Paulo. A Prefeitura de São Paulo afirmou que obra possui os alvarás necessários. Agora, a empresa deve fazer as correções solicitadas pelo MTE e pedir a revisão da interdição para poder voltar a operar os elevadores. Na manhã de segunda, o equipamento chamado "elevador de cremalheira" despencou do 17º andar da obra. Ele consiste numa cabine que se movimenta por trilhos verticais, instalados na parte externa dos prédios. Nele, podem ser transportados tanto materiais de construção quanto pessoas. Como funciona uma elevador cremalheira Arte/G1 Os três trabalhadores tiveram a morte constatada ali mesmo: João Henrique da Silva Matos, de 20 anos; Raimundo Conceição dos Santos Júnior, de 26 anos; Amarildo Alves da Conceição, de 43 anos. Segundo nota da BRZ, "os corpos já foram liberados pelo IML, e não haverá velórios e funerais em São Paulo, pois as três famílias optaram por realizar os rituais de despedida em suas próprias cidades, nos estados da Bahia, Piauí e Maranhão. A BRZ está gerenciando os trâmites junto à agência funerária contratada". Fiscalização do ministério Realizada por auditores fiscais do trabalho, a atuação busca verificar irregularidades nas relações de trabalho em uma empresa, garantindo o cumprimento das leis trabalhistas e assegurando os direitos dos empregados. Guilherme Garnica, auditor fiscal chefe do setor de saúde e segurança do trabalho em São Paulo, disse que uma fiscalização desse tipo pode demorar até sete meses. "Normalmente, uma fiscalização dessa dura de dois a três meses, mas neste caso vai depender do tipo de documento que terá que ser analisado no acidente, o tipo de procedimento que será adotado, porque às vezes é necessário realizar entrevistas com os trabalhadores", explica. "Se for mais complexo, a análise pode levar seis, sete meses." Em uma ação fiscal do MTE, os auditores fiscais realizam os seguintes procedimentos: Condições adequadas de trabalho Fornecimento de Equipamentos de proteção individual (EPI) Treinamento adequado dos trabalhadores Manutenção dos elevadores "Encerrado toda essa parte da fiscalização, os auditores fazem um documento que a gente chama de 'relatório de análise acidente'. Nesse documento, está detalhado tudo o que avaliaram, que foi feito, que a empresa melhorou durante a avaliação. Depois disso, esse documento que é enviado para o Ministério Público do Trabalho", explica o auditor fiscal. Já o Ministério Público do Trabalho (MPT) disse abriu inquérito para investigar o caso do ponto de vista trabalhista e que aguarda os laudos das fiscalizações para definir como se dará sua atuação. Elevador de cremalheira em obra onde três operários morreram, em SP Reprodução/TV Globo Procurada, a BRZ Construtora disse ainda que está colaborando com as investigações e prestando todos os esclarecimentos necessários às autoridades. A respeito das inspeções, a construtora informou que, depois da perícia da Polícia Civil, nesta terça um representante da Subprefeitura de Cotia compareceu ao canteiro de obras e interditou o perímetro do equipamento que despencou. Por nota, o condomínio Reserva Raposo lamentou o ocorrido e afirmou que já cobrou respostas da construtora responsável. Segundo a Prefeitura de São Paulo, a obra possui os alvarás necessários Divulgação / MTE "O Reserva Raposo está acompanhando de perto todas as providências e reforça seu compromisso com a segurança, a transparência e o respeito à vida", disse. Mortes na construção civil aumentaram em SP O número de operários do setor da construção civil no estado de São Paulo que morreram no trabalho aumentou nos últimos anos. Em 2023, foram registrados 10.725 acidentes, que ocasionaram 52 mortes. Em 2024, as ocorrências saltaram para 11.987, com 57 óbitos. Os dados são de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) na plataforma do governo federal eSocial, registro oficial de acidente ou doença ocupacional ocorrido com um trabalhador feito pelo empregador. O documento apresenta dados de CATs no setor da construção civil no estado de São Paulo com base nos CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) mais comuns do setor. Elevador de carga cai em obra de condomínio e deixa mortos em SP Arte/g1 Dados da pasta da Saúde de São Paulo também mostram o aumento nos acidentes de trabalho em atividades da construção civil em 2025. O estado registrou um aumento de 13,9% nos acidentes de trabalho em atividades da construção civil até março de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado. Até março deste ano, 377 casos foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. O número equivale a mais de quatro acidentes por dia. Em todo o ano passado, foram 1.390 casos de acidentes de trabalho no setor. Três operários morrem depois que o elevador de carga de uma obra despenca em condomínio em São Paulo

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/05/20/ministerio-do-trabalho-interdita-por-falta-de-seguranca-10-elevadores-de-obra-em-que-tres-operarios-morreram-em-sp.ghtml


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