Policial delatado por Gritzbach é condenado a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro

  • 04/09/2025
(Foto: Reprodução)
O empresário Vinicius Gritzbach delatou o policial Marcelo Souza, o 'Bombom', por corrupção e lavagem de dinheiro Reprodução/g1 A Justiça de São Paulo condenou o investigador Marcelo Marques de Souza, o "Bombom", a 11 anos, três meses e 11 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagens de Bens e Valores da capital foi dada na terça-feira (2). Delatado por Vinícius Gritzbach — empresário assassinado em novembro de 2024 após denunciar à Justiça esquemas de corrupção policial ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) —, “Bombom” foi preso em dezembro do ano passado. Ele não tem participação direta no homicídio do delator, segundo a investigação da Polícia Federal (PF). De acordo com Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), fazia parte de um grupo que cobrava propina de criminosos, donos de casas de jogos de azar, prostíbulos e desmanches de veículos para não investigá-los. Caso do delator do PCC: suspeito de movimentar R$ 34 milhões diz ser 'um cara humilde' A sentença judicial aponta que o policial recebeu pagamentos mensais de corruptores e ocultou de forma ilícita mais de R$ 600 mil, além de valores em dólares e euros encontrados em seu apartamento. A Justiça determinou ainda a perda do cargo público, o confisco dos bens apreendidos e o pagamento de multa. "Pelo que expôs ao longo da sentença, restou demonstrado que o acusado praticou inúmeros delitos de corrupção passiva. As planilhas demonstraram que havia uma espécie de mensalidade paga pelos corruptores", informa trecho da sentença da Justiça. Dinheiro apreendido com Bombom Reprodução O advogado Eugênio Malavasi, que defende "Bpmbom", disse à reportagem que apresentou embargos de declaração e já apelou da decisão. Afirmou ainda que a sentença “foi proferida de forma totalmente injusta”. "Bombom" foi preso em 14 de dezembro do ano passado pelas autoridades. Logo após Gritzbach ser morto a tiros, em 8 de novembro, no Aeroporto em Guarulhos, na Grande São Paulo. Câmeras de segurança gravaram a execução (veja mais abaixo). "Bombom" foi apontando pela PF e pelo Gaeco do MP-SP como um dos policiais que tinham extorquido o empresário para que ele não fosse investigado por crimes financeiros. Em fevereiro deste ano, o Fantástico mostrou que "Bombom" recebia salário de R$ 12 mil, como investigador especial, mas, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), houve movimentações suspeitas de R$ 34 milhões, entre 2017 e 2022, na conta de um possível laranja dele. Homicídio de Gritzbach Vídeos mostram por diferentes ângulos execução de empresário no Aeroporto de Guarulhos Gritzbach trabalhava no ramo imobiliário que enriqueceu lavando dinheiro do tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital e do Comando Veremelho (CV) por meio da compra de imóveis de luxo e aplicação em criptomoedas. Em uma delação premiada à Justiça, ele entregou o esquema e acusou policiais de corrupção. Em troca, teria benefícios no processo de corrupção que respondia. Para a Polícia Civil, o homicídio está esclarecido: a morte foi a mando de criminosos ligados ao PCC e ao CV e teve a participação de policiais militares. Outros agentes da Polícia Militar (PM) que faziam a escolta particular dele são suspeitos de terem relaxado a segurança e contribuído com o grupo. Além da sua delação, o motivo foi, segundo a investigação, para vingar as mortes de dois integrantes do PCC que ele teria encomendado. Também pesou um desfalque financeiro nas operações dos criminosos. Ao menos 40 pessoas são investigadas pelas autoridades por suspeita de terem alguma ligação com o assassinato de Gritzbach. Dessas, cerca de 30 estão presas. Seis são réus acusados pela morte dele. Após o crime, foi montada uma força-tarefa em três frentes: a Polícia Civil investiga o assassinato; a Polícia Federal apura a denúncia de corrupção policial; e a Polícia Militar averígua a atuação irregular de agentes na escolta do delator. Gritzbach: por que 3 investigações apuram ligaçao de delator com policiais e facções LEIA MAIS: Caso Gritzbach: Justiça de SP solta namorada de olheiro do PCC e outros dois envolvidos Caso Gritzbach: Justiça interroga PMs presos acusados de matar delator do PCC em aeroporto de SP Caso Gritzbach: novo inquérito apura se PMs da escolta, agentes corruptos e hacker também têm participação na morte de delator Como o caso Gritzbach escancarou o envolvimento de 27 policiais de SP com o PCC e CV; veja quem são

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/04/policial-delatado-por-gritzbach-e-condenado-a-11-anos-de-prisao-por-corrupcao-e-lavagem-de-dinheiro.ghtml


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